Muito tem se
falado sobre a Vitamina D. Novos estudos científicos mostram inúmeras funções
desempenhada por ela no nosso organismo, que vai muito além da formação dos
ossos e dentes, como se pensava. Atualmente, a Vitamina D é considerada um
pró-hormônio, por dar origem a vários hormônios importantes no nosso corpo.
Além disso, ela atua no processo de emagrecimento, fortalece o nosso sistema
imunológico, auxilia na prevenção e no tratamento de inúmeras doenças (como a
diabetes e a hipertensão), estando associada a uma vida mais longa e saudável.
Um estudo
publicado recentemente pela Sociedade Americana de Endocrinologia mostra que
ela age no coração, no cérebro e nos mecanismo de proliferação e inibição
celular. Além de atuar nos músculos, dando mais estabilidade aos ossos e
aumentando a absorção de Cálcio pelo organismo, contribuindo para uma melhor
mineralização óssea.
A
Diabetes Tipo II tornou-se uma epidemia no mundo atual, e por isso, é crescente
o número de estudos que buscam soluções e possíveis causas para esse aumento. Recente
estudo mostrou que pessoas com quantidades abaixo do valor normal de vitamina D
apresentam 32 vezes mais chances de apresentarem resistência à insulina do que
a média dos voluntários avaliados.
Há
também suspeitas de que essa “super” vitamina atue na prevenção de diversos
tipos de cânceres. Um novo estudo mostrou que o aumento de sua quantidade
poderia impedir aproximadamente 58 mil novos casos de tumor de mama e 49 mil
novos casos de câncer colorretal a cada ano.
Até
pouco tempo se pensava que a deficiência desta vitamina só acontecia em países
onde havia pouca exposição ao sol. Porém, estudos epidemiológicos mostram que
até mesmo em países tropicais, como o Brasil, o nível desta substância está abaixo
do valor recomendado em grande parte da população. Segundo a OMS (Organização
Mundial de Saúde), metade da população mundial tem menos Vitamina D do que é
necessário.
Isto
se dá, em parte, a sua baixa disponibilidade através da alimentação, ao medo das
pessoas com relação à exposição solar, além da falta da prática de atividades
ao ar livre. A aplicação de filtro solar com
fator de proteção 8 pode reduzir em 95% a produção de Vitamina D pela pele. Para
piorar o quadro, estudos mostram que quanto maior o sobrepeso e a quantidade de
gordura corporal, menos Vitamina D a pessoa apresenta.
Outro dado importante é que, com o
passar dos anos, a nossa habilidade em produzir Vitamina D diminui quatro vezes
entre os 20 e os 70 anos, ou seja, com o passar do tempo necessitamos cada vez
mais exposição solar para conseguir suprir nossas reservas. Sendo uma das
causas para que os idosos tenham uma suscetibilidade a apresentarem mais
doenças.
Podemos ingerir vitamina D através da
dieta, estando presente em alimentos como ovos, peixes, manteiga e alimentos
fortificados. Porém, sua biodisponibilidade pela dieta não é tão eficaz.
Mesmo com o cenário descrito, não se
pode sair suplementando essa vitamina de forma indiscriminada. A melhor opção é
procurar um profissional capacitado que analise a necessidade individual do
paciente através de exames laboratoriais e clínicos, e assim verifique a
necessidade ou não de uma suplementação desta substância.
Vanessa Bulcão - Nutrição Clínica e Esportiva
Tel.: 71 9601-0791
E-mail: vanessa.bulcao@hotmail.com
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Drª Vanessa Bulcão |
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